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Escola Americana

Inicialmente nos Estados Unidos as cervejas eram produzidas pelos imigrantes europeus e até 1840 eram fortemente influenciadas pela cultura inglesa. Em 1920 foi implantado no país a Lei Seca, através da qual o governo dizimou inúmeras cervejarias. Considerada como o maior fracasso legislativo americano a lei foi revogada após 12 anos de vigor. Com isso as cervejarias começaram a reaparecer e, a partir dos anos 80, mudar totalmente sua trajetória cervejeira.

Considerada recentemente como uma nova escola cervejeira, basicamente a escola americana reúne as três escolas em uma completamente nova, com o toque americano.

 

São mais amargas, mais encorpadas e mais alcoólicas, resultando em cervejas complexas e extremas, além de ser uma escola bastante criativa e inovadora, marcada por ousadias, intensidade e exageros, grande utilização do lúpulo e teor alcoólico mais elevado.

Principais estilos da Escola Americana

 

American Lager: esta é a cerveja mais consumida em todo o mundo. Baseada nas Pilsners alemãs e tchecas, a American Lager foi desenvolvida para ter a menor taxa de rejeição, pelo maior número de pessoas, com o menor custo de produção possível.

Ales Lupuladas: os norte-americanos amam lúpulo, isso não tem como negar. Principalmente os lúpulos cultivados localmente, que costumam ter perfil resinoso, cítrico ou lembrando pinho.

American Pale Ales: versões resinosas e cítricas das tradicionais Pale Ale britânicas. O mesmo vale para a relação entre as American Brown Ales e as originais do velho mundo. As American Amber Ales equilibram os lúpulos norte-americanos com robusta presença dos maltes caramelizados. E ainda vale mencionar as American Barleywines, que além de contar com lúpulos norte-americanos, são mais potentes que as inglesas em amargor, dulçor e teor alcoólico.

 

American IPA: este talvez seja o estilo definitivo da escola americana. As IPAs americanas um dia já foram apenas uma versão das tranquilas IPAs inglesas, porém com lúpulos resinosos norte-americanos ao invés dos originais ingleses. A Anchor Liberty, lançada em 1975, é considerada a primeira American IPA. Hoje as IPAs americanas têm aroma e amargor mais intensos do que a Anchor Liberty, que se enquadraria melhor no estilo American Pale Ale.

Na busca por mais aroma, mais amargor, mais tudo, acabou nascendo a intensa Imperial IPA, ou Double IPA. E se dá pra fazer algo novo a partir das IPAs, porque não uma IPA com maltes torrados? Assim surgiu o estilo conhecido como Black IPA. E por aí vai, com inúmeras variações de IPA como Session IPA (menor teor alcoólico), New England IPA (turvas e frutadas), Brett IPA (fermentadas com Brettanomyces)…

Wood-Aged Beers: a prática de armazenar cervejas em barris é milenar, portanto não foi criada pelos norte-americanos. Mas esta é uma das técnicas tradicionais que a escola americana ajudou a popularizar, explorando-a de formas criativas.

Pumpkin Ale: cervejas feitas com abóbora.

O uso de abóboras para produzir cerveja vem da época dos primeiros colonizadores. Ao chegar ao Novo Mundo com reservas escassas após uma longa viagem, produzir cerveja estava no topo da lista de prioridades. Mas ainda não haviam plantações de cevada, que precisava ser importada da Inglaterra a custos altos. Então os colonizadores aproveitaram fontes alternativas de amido que eram abundante na região. Entre elas, abóboras. São consideradas cervejas sazonais de outono.

Conheça algumas das principais cervejarias no GUIA ESTADOS UNIDOS.

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